Autor de trinta e sete peças teatrais, Shakespeare é considerado o mais importante autor da língua inglesa e um dos mais influentes do mundo ocidental. A sua escrita reflecte genialmente a riqueza cultural da corte isabelina, mas a universalidade da sua obra coloca-o em todas as épocas. As suas personagens têm o estatuto de arquétipo: amor juvenil, ciúme, ambição fatal … As suas tramas continuam a apaixonar, inspirando numerosas produções cinematográficas, literárias e televisivas.
Depois do desafio que foi Otelo, o Teatro do Bolhão envereda agora, pela mão de Eduardo Alonso e em co-produção com o Centro Dramático de Viana, por Romeu e Julieta.
Transportada para os dias de hoje, este Romeu e Julieta de Alonso destaca o dinamismo furioso da juventude, é veloz, intenso e jovem, muito jovem. Alguém afirmou mesmo que este é um “Romeu e Julieta Bershka”, esteticamente moderno e inspirado, um clássico transportado da medieval Verona para um espaço de reminiscências industriais. A linguagem de Romeu e Julieta é predominantemente actual, identificadora de um universo juvenil próximo, salvaguardando o essencial lirismo dos amantes e o virtuosismo do texto clássico
O elenco respira essa juventude. Não poderia ser de outra forma: esta é a nossa singela homenagem a todos os alunos que saíram desta Academia que celebra agora 20 anos. Uma escola que ambicionou e continua a ambicionar a formação e plena integração dos seus jovens profissionais, valorizando o seu enorme talento e dinamizando o espectro cultural e artístico da cidade e do país. Este é o nosso sonho, substanciado e celebrado com Shakespeare pois com ele aprendemos ainda que somos “da mesma substância dos sonhos”.
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